sexta-feira, 9 de outubro de 2015

MEDUSA

Performance da Medusa
 Quando a performance da Medusa foi proposta por nós em sala de aula, pensamos em uma performance do non sense, onde todos nos vestidos da mesma forma de nosso cotidiano iriamos para o sinal em frente o shopping Vila velha, e quando o sinal fecha-se tiraríamos de nossos bolsos ou bolsas sacos e atravessaríamos a faixa de pedestres, como se fosse uma corrida de saco. Essa era a proposta original, mas quando se faz uma performance você esta apto a “tudo”, o improviso ocorre de forma espontânea e imediata, nossa proposta original estava nos cansando e o tempo que o sinal ficava aberto era muito longo, por isso dava para ir e voltar varias vezes, foi então que algum de nos deu a ideia de relembramos jogos de infância. E no meio da faixa foi o que aconteceu desde cabra cega, pic pega e outras brincadeiras e até mesmo dancinhas foram apresentados a nosso público que eram desde pessoas dentro dos coletivos a motoristas e pedestres que passavam no momento no local.
Gosto do mal feito, do cinismo, do improviso... Gosto do que constrange. Porque isso derruba as máscaras e revela a alma.( Leleli Santos)        
A reação do público foi magnifica, alguns se estressaram, outros buzinavam e tinha até pessoas que conheciam performers que estavam conosco.
A performance estava acontecendo e estava sendo um sucesso, tocava a todos de uma forma ou de outra.
Quando estávamos quase acabando surgiu a ideia de irmos para o ponto de ônibus, onde nossa performance terminou com nós no meio dos passageiros e ao som da voz de Rafaela fazíamos a brincadeira do morto e vivo. O povo pirou nos primeiros momentos e não ficamos lá por muito tempo, pois com o passar do tempo as pessoas já se acostumam e não cria um olhar de distanciamento que tanto queremos. Daí se formou o nome de nossa performance que é Medusa, em alguns momentos Rafaela dizia morto e não falava vivo com resultados ficávamos agachados no chão esperando o próximo comando ao mesmo acontecia quando ela dizia vivo ficávamos imóveis e o efeito era contrário.
Trabalhar performance em coletivo é um apoio como se não estivesse sozinho pois todos estão ali para o que der e vier.

Cada homem age por si, segundo um plano próprio, mas o resultado é uma ação social, em que outro plano, externo a ele, se realiza; e com os fios crus, finos e desfeitos da vida de cada um, se tece a teia de pedra da história.(R. P. Pogodin)

Nenhum comentário:

Postar um comentário