Performance
da Medusa
Quando a performance da Medusa foi proposta
por nós em sala de aula, pensamos em uma performance do non sense, onde todos
nos vestidos da mesma forma de nosso cotidiano iriamos para o sinal em frente o
shopping Vila velha, e quando o sinal fecha-se tiraríamos de nossos bolsos ou
bolsas sacos e atravessaríamos a faixa de pedestres, como se fosse uma corrida
de saco. Essa era a proposta original, mas quando se faz uma performance você
esta apto a “tudo”, o improviso ocorre de forma espontânea e imediata, nossa
proposta original estava nos cansando e o tempo que o sinal ficava aberto era
muito longo, por isso dava para ir e voltar varias vezes, foi então que algum
de nos deu a ideia de relembramos jogos de infância. E no meio da faixa foi o
que aconteceu desde cabra cega, pic pega e outras brincadeiras e até mesmo
dancinhas foram apresentados a nosso público que eram desde pessoas dentro dos
coletivos a motoristas e pedestres que passavam no momento no local.
Gosto
do mal feito, do cinismo, do improviso... Gosto do que constrange. Porque isso
derruba as máscaras e revela a alma.( Leleli Santos)
A
reação do público foi magnifica, alguns se estressaram, outros buzinavam e
tinha até pessoas que conheciam performers que estavam conosco.
A
performance estava acontecendo e estava sendo um sucesso, tocava a todos de uma
forma ou de outra.
Quando
estávamos quase acabando surgiu a ideia de irmos para o ponto de ônibus, onde
nossa performance terminou com nós no meio dos passageiros e ao som da voz de
Rafaela fazíamos a brincadeira do morto e vivo. O povo pirou nos primeiros
momentos e não ficamos lá por muito tempo, pois com o passar do tempo as
pessoas já se acostumam e não cria um olhar de distanciamento que tanto
queremos. Daí se formou o nome de nossa performance que é Medusa, em alguns
momentos Rafaela dizia morto e não falava vivo com resultados ficávamos
agachados no chão esperando o próximo comando ao mesmo acontecia quando ela
dizia vivo ficávamos imóveis e o efeito era contrário.
Trabalhar
performance em coletivo é um apoio como se não estivesse sozinho pois todos
estão ali para o que der e vier.
Cada
homem age por si, segundo um plano próprio, mas o resultado é uma ação social,
em que outro plano, externo a ele, se realiza; e com os fios crus, finos e
desfeitos da vida de cada um, se tece a teia de pedra da história.(R. P.
Pogodin)
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