sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Performance Morfeu

Performance Morfeu
Nas aulas anteriores obtivemos como teoria o que seria uma performance e juntamente várias ideias do que fazer, e uma delas foi espalharmos colchões por toda universidade na hora da saída e cada ator propor uma ação para si, em dupla ou individual, a proposta foi livre.
Com colchões, travesseiros e pijamas em mãos hoje foi o dia de fazer a performance que demos o nome de Morfeu (Deus do sono). Estava bem ansiosa pois nunca tinha feito esse tipo de trabalho, minha performance consistia em com meu filho nos braços, niná-lo e cantar canções para ele dormir, mas durante a prática achei que só isso não estava calçando tanto impacto nos espectadores, mesmo porque Kurt já estava dormindo, então peguei ele em meus braços e a cada grupo de pessoas que passava eu os olhava e com uma das mãos, levava a minha boca e com o dedo indicador fazia o gesto de silencio, junto com um sussurro e espontaneamente dizia ao público frases como: Façam silencio, estamos querendo dormir, falem baixo o bebe já dormiu.
Para minha surpresa as reações do público foram diversas: “Sua doida ele esta com frio,É um boneco?, Mas que isso esse pessoal é doido!, Que bonito é de verdade?”
O estranhamento aconteceu e o que mas me motivava era a reação do público em não saber o por que aquilo estava acontecendo.
Da onde estava não conseguia ver as outras performances apenas Ismael, mas cada um da sala propunha uma cena que remetia a algo como estupro, coisas de fazer antes de dormir, insônia, brigas, pesadelos.
A intenção do performer é que a performance não apenas aconteça mais que traga algum desdobramento, e foi o que aconteceu os comentários no prédio de direito que foi o local que escolhemos, foram até o outro dia e se desdobraram na rede também.
"A arte não consiste mais em um objeto para você olhar, achar bonito, mas para uma preparação para a vida" (Lygia Clark)
A arte é algo para se pensar, se indagar e tentar descobrir o real sentido daquilo, mesmo que a performance não precisa ter sentido algum.

            "Através da outra pessoa, o indivíduo pode perceber o seu próprio sentido, conhecer-se a si mesmo" (Lygia Clark)

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