Performance
Morfeu
Nas
aulas anteriores obtivemos como teoria o que seria uma performance e juntamente
várias ideias do que fazer, e uma delas foi espalharmos colchões por toda
universidade na hora da saída e cada ator propor uma ação para si, em dupla ou
individual, a proposta foi livre.
Com
colchões, travesseiros e pijamas em mãos hoje foi o dia de fazer a performance
que demos o nome de Morfeu (Deus do sono). Estava bem ansiosa pois nunca tinha
feito esse tipo de trabalho, minha performance consistia em com meu filho nos
braços, niná-lo e cantar canções para ele dormir, mas durante a prática achei
que só isso não estava calçando tanto impacto nos espectadores, mesmo porque
Kurt já estava dormindo, então peguei ele em meus braços e a cada grupo de
pessoas que passava eu os olhava e com uma das mãos, levava a minha boca e com
o dedo indicador fazia o gesto de silencio, junto com um sussurro e
espontaneamente dizia ao público frases como: Façam silencio, estamos querendo
dormir, falem baixo o bebe já dormiu.
Para
minha surpresa as reações do público foram diversas: “Sua doida ele esta com
frio,É um boneco?, Mas que isso esse pessoal é doido!, Que bonito é de
verdade?”
O
estranhamento aconteceu e o que mas me motivava era a reação do público em não
saber o por que aquilo estava acontecendo.
Da
onde estava não conseguia ver as outras performances apenas Ismael, mas cada um
da sala propunha uma cena que remetia a algo como estupro, coisas de fazer
antes de dormir, insônia, brigas, pesadelos.
A
intenção do performer é que a performance não apenas aconteça mais que traga
algum desdobramento, e foi o que aconteceu os comentários no prédio de direito que
foi o local que escolhemos, foram até o outro dia e se desdobraram na rede também.
"A
arte não consiste mais em um objeto para você olhar, achar bonito, mas para uma
preparação para a vida" (Lygia Clark)
A arte
é algo para se pensar, se indagar e tentar descobrir o real sentido daquilo,
mesmo que a performance não precisa ter sentido algum.
"Através da outra pessoa, o
indivíduo pode perceber o seu próprio sentido, conhecer-se a si mesmo" (Lygia
Clark)
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