A performance que fizemos
dentro da universidade vila velha teve nome de memories pois foi em algo que
remetesse a trazer uma memória de nossas infâncias, ou algo que trazia nossa
passado para nos presente.
Através de uma conversa que
tivemos dentro da sala de aula que foi surgindo a idéia da performance, o
curioso é que sempre que vamos fazer algum trabalho performativo, é em algo que
remete uma vivencia em que desperta uma curiosidade nas pessoas. Curiosidade
essa de olhar e às vezes não entender.
Achei a performance bem
interessante, pois não agredia aos que viam, era uma performance delicada que
trazia algo de bom no seu bojo com ato performático. A idéia foi de trazer
objetos que remetia nossa memória de uma forma que nos marcou quando criança ou
mesmo adulto, mas que i idéia seria de algo do passado. Varias pessoas
trouxeram bastante coisas,uns trouxeram bonecos, brinquedos, revistinhas
objetos de valores sentimentais que trazem a tona toda a memória.
"É preciso começar a perder a
memória, ainda que se trate de fragmentos desta, para perceber que é esta
memória que faz toda a nossa vida. Uma vida sem memória não seria uma vida,
assim como uma inteligência sem possibilidade de exprimir-se não seria uma inteligência.
Nossa memória é nossa coerência, nossa razão, nossa ação, nosso sentimento. Sem
ela, não somos nada” BUÑUEL, Luis
Na citação a cima o autor
fala sobre a memória, que sem ela não somos nada, e realmente tem muita
coerência, assim como no texto citado ele diz que a memória é nossa coerência,
pois sem ela, seriamos incoerentes, não teríamos consciência do que fazemos.
Nos trás vários fragmentos de diversos momentos, é como uma maquina que
processa tudo quando pedimos algo fantástico. Ao parar pra analisar de onde
gera tudo esse sentimento, as ações, as razoes que faz acontecer.
Na performance, eu trouxe
alguns de meus desenhos, que tenho guardado, que me trás muitas lembranças, de
minha infância, que as vezes fala algumas coisas que só eu sei. Alguns com umas
datas de 2006, 2005, 2007, um pouco antigos, me lembram de quando eu ficava
horas concentrado na mesa ou em cima da cama desenhando e imaginando histórias,
brincando com os desenhos. Às vezes me sentia um pouco solitário, ali naquele
canto fazendo o que eu gostava de fazer.
Mas o que mais me trás a
memória sobre esses momentos em que fazia os desenhos são os momentos da minha
infância, ah esses que não voltam mais, e só o que me restam são as lembranças
e as fotos. Voltando a mencionar sobre a citação a cima, em que o autor diz que
sem a memória não existiria a vida, pois a memória passada são essas lembranças
que guardamos e que as vezes dizemos só o que acontecia de bom, pois as coisas
ruins ficam guardadas em lugares que só a gente conhece.
A memória
é essa claridade fictícia das sobreposições que se anulam. O significado é essa
espécie de mapa das interpretações que se cruzam como cicatrizes de sucessivas
pancadas. Os nossos sentimentos. A intensidade do sentir é intolerável. Do
sentir ao sentido do sentido ao significado: o que resta é impacto que
substitui impacto - eis a invenção. HATHERLY, Ana.
Na performance pude perceber
esse sentido e o sentir das pessoas que ali estavam performando também, umas
das que pude notar e sentir de dor, Fo a Rafaela, a performance dela foi trazer
tudo que trazia o passado dela em exposição, trouxe varias coisas como ,
sapatilha de balé, e um objeto que mais fez sentir o sentimento de dor nela foi
a farda de seu pai. E associando e fazendo uma relação com o que a autora acima
citada diz que são fatos e interpretações que se cruzam com cicatrizes de
sucessivas pancadas. Que faz gerar a dor da lembrança.
Outra coisa que pontuo foi
de ver situações em que a performance fugia de ser uma performance,de algo que
flui com natureza, uma crítica que faço é sobre a performance do Vinicius, foi
muito interessante, em ter trago coisas e objetos que marcava a sua infância, a
sua vida quando vivida em outro país, porem houve um momento em que ele se
concentrou pra chorar, e aquele momento trouxe algo muito interpretado, pelo
menos pra quem via, talvez fotograficamente não teve a informação que foi
gerada, mas foi interessante. Outra performance que achei linda de ver foi a da
Iasmin de colocar varias revistinhas em quadrinhos espalhadas sobre um tecido
no chão em que ele ia contando as historias pra quem queria ouvir e se sentava
ao seu lado, e o mais interessante é que tinha revistinha de quadrinhos lá com
a data de 1995, achei fantástico e genial, pois alem de trazer aquela memória,
eram mostradas, onde quem ver se sente até emocionado com aquela data.
A idéia da performance foi
muito rica e conseguiu atingir seus objetivos como performance, ao menos pra
mim, que pude perceber a importância de cada objeto ali mostrado.
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