Falar o texto com suas palavras e depois trocar pelo de Shakespeare foi algo que funcionou com a Anna Claudia. No momento seguinte, os gestos (soltos) que produziu com suas falas, entram para o arranjo com o texto de Shakespeare, como base para o desenho corporal se estabelecer.
Já com Yule, a sugestão (externa) de acariciar (desenhar) a lua, depois fechar a mão de súbito, cortar e retirar de repente (porque se machucou) levando à boca. Isto apoiou mais. E na apropriação desta coreografia surgiu algo belo.
Com Rafa criamos regras de jogo de encostar as mãos na parede e abraçar o Jeferson. O abraço apareceu como algo muito potente. Na AULA DE
Tem algo em Shakespeare que necessita do grande, dilatado, da composição física exacerbada.
Com Vini a partitura de empurrar o ar serviu. Foi assimilada (borrada, transformada, incorporada) dentro da ação da personagem, que estava clara.
Com Jeferson descobrimos no instante em que parava de atuar ("Cabô") o grande "achado" de sua partitura física.
Com Sarah brincamos de incorporar a partitura de empurrar junto com o diálogo com o Padre. Com Naiara também. E Iasmin. E Lázaro. É incrível perceber este mecanismo. Quando acha-se o APOIO INTERNO os movimentos deixam de ser gratuitos e são incorporados na AÇÃO INTERNA. A ação desabrocha, fortalecida pelo APOIO. Ao mesmo tempo há uma possibilidade de constituir a poética do corpo, do seu desenho. De brincar com formas.
Uma oposição que se apresentou neste processo: a partitura de atividades de empurrar pode prender. Assim como a regra de falar o texto de Shakespeare. Uma das regras deve ser mais "livre" no sentido de não implicar um encadeamento tão justo?
O que percebo são possibilidades de variação e descobertas em um mesmo processo. No caso da Yule um
Ismael descobriu uma risada nervosa entre as frases que gostei.
Marcela não fez ainda.
Nem Julia, Anna e nem Rayssa, que faltaram.
Observação: Erro como imprimindo algo de interessante (um brilho) e humano na partitura - constituindo uma outra partitura (nova) - como um princípio de trabalho importante. Questão: como sustentar a cena (não sair de cena) quando vier o erro?
A máscara é um achado porque imediatamente trás o estranhamento poético e a plasticidade.
OBJETOS QUE ESTAMOS PRECISANDO:
- LANTERNAS e/ou LAMPIÃO. Precisaremos de muitas.
- SARAH: facão.
- ANACAROLINA: vidro de PERFUME
TAREFA PARA CAROL: fazes um texto, descrevendo tudo o que a Julieta está vendo quando acorda: o corpo de Romeu, como é? Como estão os dedos, o braço, o rosto, etc? O que tem mais ali naquele espaço e que ela está enxergando? IMAGENS Buscar referências na internet de IMAGENS destas CATACUMBAS cheia de ossos... TAREFA PARA TODOS: Criar os apoios internos de todo o trecho de ontem (e postar no blog). IASMIN: mostrar o mecanismo de produzir as associações. Muito bom.
Sorte para nós! Começamos!
Rejane
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