quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Interpretação 26/8/2014

Lanternas, lampiões, faca. 

Falar o texto com suas palavras e depois trocar pelo de Shakespeare foi algo que funcionou com a Anna Claudia. No momento seguinte, os gestos (soltos) que produziu com suas falas, entram para o arranjo com o texto de Shakespeare, como base para o desenho corporal se estabelecer.


Já com Yule, a sugestão (externa) de acariciar (desenhar) a lua, depois fechar a mão de súbito, cortar e retirar de repente (porque se machucou) levando à boca. Isto apoiou mais. E na apropriação desta coreografia surgiu algo belo.


Com Rafa criamos regras de jogo de encostar as mãos na parede e abraçar o Jeferson. O abraço apareceu como algo muito potente. Na AULA DE corpo de hoje vou explorar possibilidades de composição de ações com o corpo do outro: pegar, largar, segurar, pegar no colo, rodar, abraçar, tocar, tocar nos pés, segurar a mão, enlaçar em volta do pescoço, etc.


Tem algo em Shakespeare que necessita do grande, dilatado, da composição física exacerbada.


Com Vini a partitura de empurrar o ar serviu. Foi assimilada (borrada, transformada, incorporada) dentro da ação da personagem, que estava clara.


Com Jeferson descobrimos no instante em que parava de atuar ("Cabô") o grande "achado" de sua partitura física.


Com Sarah brincamos de incorporar a partitura de empurrar junto com o diálogo com o Padre. Com Naiara também. E Iasmin. E Lázaro. É incrível perceber este mecanismo. Quando acha-se o APOIO INTERNO os movimentos deixam de ser gratuitos e são incorporados na AÇÃO INTERNA. A ação desabrocha, fortalecida pelo APOIO. Ao mesmo tempo há uma possibilidade de constituir a poética do corpo, do seu desenho. De brincar com formas.


Uma oposição que se apresentou neste processo: a partitura de atividades de empurrar pode prender. Assim como a regra de falar o texto de Shakespeare. Uma das regras deve ser mais "livre" no sentido de não implicar um encadeamento tão justo?


O que percebo são possibilidades de variação e descobertas em um mesmo processo. No caso da Yule um novo desenho apoiou. De pronto vou seguir por este caminho.


Ismael descobriu uma risada nervosa entre as frases que gostei.

Marcela não fez ainda.
Nem Julia, Anna e nem Rayssa, que faltaram.

Observação: Erro como imprimindo algo de interessante (um brilho) e humano na partitura - constituindo uma outra partitura (nova) - como um princípio de trabalho importante. Questão: como sustentar a cena (não sair de cena) quando vier o erro?

A máscara é um achado porque imediatamente trás o estranhamento poético e a plasticidade.


OBJETOS QUE ESTAMOS PRECISANDO:

- LANTERNAS e/ou LAMPIÃO. Precisaremos de muitas.
- SARAH: facão.
- ANACAROLINA: vidro de PERFUME/veneno

TAREFA PARA CAROL: fazes um texto, descrevendo tudo o que a Julieta está vendo quando acorda: o corpo de Romeu, como é? Como estão os dedos, o braço, o rosto, etc? O que tem mais ali naquele espaço e que ela está enxergando? 
IMAGENS Buscar referências na internet de IMAGENS destas CATACUMBAS cheia de ossos... TAREFA PARA TODOS: Criar os apoios internos de todo o trecho de ontem (e postar no blog). IASMIN: mostrar o mecanismo de produzir as associações. Muito bom.



Sorte para nós! Começamos!

Rejane

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