O filme de hoje foi mais gostoso de ver do que o da aula passada. Vimos alguns conceitos como: Contenção, intensidade e neutralidade. A interpretação era limpa, sem sujeiras, completamente neutra. Um exemplo foi quando o homem perguntou para a mulher se ela preferia ele ou o menino que ela tinha adotado, ela simplesmente virou para ele e respondeu: O menino. Simples assim, ela não chorou, não alterou o tom de voz e nem alterou a interpretação, respondeu na maior neutralidade possível.
Outra cena de neutralidade foi quando o menino estava com muita raiva e a gente via que ele estava com raiva através do contexto da história e através do diálogo, mas sua expressão era a mesma.
Uma coisa que dá toda a diferença nesse tipo de interpretação é o olhar. Não acho exagero quando as pessoas falam que o olhar é o espelho da alma. No olhar está tudo! O seu pensamento, seu apoio interno, suas visualizações, nesse caso, serão transmitidas através do olhar, porque o rosto está imóvel, então o peso da cena querendo ou não vai para os olhos do ator. E é aí que o ator tem que ter aquela sacada de mestre, pensar no que é muito concreto pra ele, pensar no que é extremamente forte para ele, para que o público perceba o contexto da cena não só pela narrativa, mas também pela interpretação do ator.
A intensidade da interpretação na minha opinião entra junta com a neutralidade, porque é justamente a intensidade da sua cena, da sua interpretação, do seu apoio interno e do seu olhar que vai deixar com que o aspecto neutro não esteja sem vida, mas pelo contrário, vai fazer com que a cena fique brilhante justamente pela neutralidade e justamente pela intensidade interior que o ator carrega na sua interpretação.
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