Hoje nós começamos a aula assistindo
o vídeo que reproduzimos na aula passada, a edição feita pela
professora ficou bem legal. Incrível como a fala de uma pessoa se
encaixou perfeitamente na fala do outro sem nem termos combinado
nada. Estamos num processo diferente, estamos rompendo algumas coisas
trabalhadas em teatro que são completamente opostas à de cinema.
Senti que nessa aula a turma evoluiu bastante. A maioria conseguiu
mostrar algo natural e preciso como o cinema pede. Trabalhamos mais
uma vez a fala interna, que é o essencial para entrar em cena. A
ideia é ocupar a mente com alguma coisa para na hora de emitir a
fala externa ela sair o mais natural possível. Podemos pensar
qualquer coisa, como por exemplo banana, maçã, pera…ou até o
fato de você pensar em nada, ou 'não sei o que pensar', já
funciona como fala interna. A fala interna funciona de jeitos
diferentes para cada um, às vezes banana, maçã e pera funciona
para o meu colega, mas não funciona para mim. Cada um busca uma fala
interna diferente. Comigo não funcionou desse jeito, o que funcionou
foi contar até dez. Mas o que eu percebi é que essa fala interna
não vai funcionar para todas as cenas que eu fizer, cada dia eu
sinto que funciona de um jeito. O que eu percebi que mais dá certo é
colocar algo que você esteja pensando na hora, ou o que está te
incomodando na hora, ou um fato do dia que não sai da sua cabeça.
Isso funciona sempre comigo. Me ajuda a levar a realidade que eu
estou sentindo para a realidade da cena. Foi semelhante com o que
aconteceu com o Ismael. A professora estava o ajudando com uma fala
interna que era banana, porém essa fala interna funciona mais com
ela e não funcionou com ele, quando ele mudou a fala interna dele
pra algo que era do cotidiano dele ele conseguiu. Então eu acho que
cada um tem o seu modo de procurar a fala interna. Uma coisa que
confundiu grande parte da turma foi a forma de usarem a fala interna,
alguns estavam visualizando e não escutando a palavra, o que são
coisas bem diferentes, talvez isso tenha atrapalhado na
espontaneidade.
Na segunda parte da aula sentamos todos
em um circulo e a professora propôs uma aula bem diferente para
trabalhar as nossas reações. Uma pessoa deveria fazer uma pergunta
para outra pessoa e o objetivo era ver qual a reação dela ao ouvir
esta pergunta. As reações foram diversas. Uns ficaram com vergonha,
outros emocionados, outros sem saber o que responder etc. Uma coisa
que eu percebi foi que a maior parte das perguntas eram sobre nossa
infância, sso foi ótimo pois tivemos que pensar e nos esforçar
para lembrar o que aconteceu há muito tempo, o que deu um efeito
interessante.
Para a próxima aula cada um terá que
trazer um monólogo para entregar ao colega e o colega deverá
interpretar aquele monólogo como se fosse dele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário