quinta-feira, 5 de março de 2015

Teledramaturgia dia 24/02/2015

Hoje nós começamos a aula assistindo o vídeo que reproduzimos na aula passada, a edição feita pela professora ficou bem legal. Incrível como a fala de uma pessoa se encaixou perfeitamente na fala do outro sem nem termos combinado nada. Estamos num processo diferente, estamos rompendo algumas coisas trabalhadas em teatro que são completamente opostas à de cinema. Senti que nessa aula a turma evoluiu bastante. A maioria conseguiu mostrar algo natural e preciso como o cinema pede. Trabalhamos mais uma vez a fala interna, que é o essencial para entrar em cena. A ideia é ocupar a mente com alguma coisa para na hora de emitir a fala externa ela sair o mais natural possível. Podemos pensar qualquer coisa, como por exemplo banana, maçã, pera…ou até o fato de você pensar em nada, ou 'não sei o que pensar', já funciona como fala interna. A fala interna funciona de jeitos diferentes para cada um, às vezes banana, maçã e pera funciona para o meu colega, mas não funciona para mim. Cada um busca uma fala interna diferente. Comigo não funcionou desse jeito, o que funcionou foi contar até dez. Mas o que eu percebi é que essa fala interna não vai funcionar para todas as cenas que eu fizer, cada dia eu sinto que funciona de um jeito. O que eu percebi que mais dá certo é colocar algo que você esteja pensando na hora, ou o que está te incomodando na hora, ou um fato do dia que não sai da sua cabeça. Isso funciona sempre comigo. Me ajuda a levar a realidade que eu estou sentindo para a realidade da cena. Foi semelhante com o que aconteceu com o Ismael. A professora estava o ajudando com uma fala interna que era banana, porém essa fala interna funciona mais com ela e não funcionou com ele, quando ele mudou a fala interna dele pra algo que era do cotidiano dele ele conseguiu. Então eu acho que cada um tem o seu modo de procurar a fala interna. Uma coisa que confundiu grande parte da turma foi a forma de usarem a fala interna, alguns estavam visualizando e não escutando a palavra, o que são coisas bem diferentes, talvez isso tenha atrapalhado na espontaneidade.
Na segunda parte da aula sentamos todos em um circulo e a professora propôs uma aula bem diferente para trabalhar as nossas reações. Uma pessoa deveria fazer uma pergunta para outra pessoa e o objetivo era ver qual a reação dela ao ouvir esta pergunta. As reações foram diversas. Uns ficaram com vergonha, outros emocionados, outros sem saber o que responder etc. Uma coisa que eu percebi foi que a maior parte das perguntas eram sobre nossa infância, sso foi ótimo pois tivemos que pensar e nos esforçar para lembrar o que aconteceu há muito tempo, o que deu um efeito interessante.

Para a próxima aula cada um terá que trazer um monólogo para entregar ao colega e o colega deverá interpretar aquele monólogo como se fosse dele.  

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