sábado, 20 de junho de 2015

DESCRIÇÃO DA AULA DE TELEDRAMATURGIA DO DIA 13/05/2015

Dia de filmar o Jeferson e Marcela, Anderson e Raquel. A cena de Marcela e Jeferson se passa em um consultório, onde antes eles haviam armado roubar uma criança, só que um passa a perna do outro e a cena é ele descobrindo isso, foi planejado de ser em um consultório mesmo, que tem dentro da universidade, só que não foi possível, então adaptamos a sala de aula, e isso é importante para colocarmos a mão na massa e fazer acontecer mesmo quando não tivermos o melhor local. A cena é bem rápida mas foi intensa, eles "acertaram" de primeira, o Jeferson entrou com uma força em cena, uma energia, que eu que estava assistindo fiquei arrepiada, e a Marcela, com um jeito assustada se deixando levar por ele foi muito incrível de se ver, a cena foi repetida algumas vezes, para pegar vários enquadramentos. O objetivo também foi decorar o roteiro para que a cena pudesse ser repetida várias vezes, e eu vi isso em cena, eles repetiram várias vezes e todas foram fieis ao roteiro. 
A cena da Raquel e do Anderson foi bem intensa,o Anderson no inicio estava muito teatral, então a direção pediu que ele usasse a fala interna, mas que buscasse em cena e quando achasse soltasse o texto, e isso é uma modalidade de apoio interno, a busca da fala interna em cena e ela disse que poderia levar o tempo que fosse, pois isso pode ser cortado na edição. E para ocorrer a sustentação da cena é necessário apoio interno, pois se não fica tudo acelerado, e Kusnet fala isso. A partir do momento que o Anderson usou essa busca em cena deu certo, e o olhar dele ficou preenchido durante toda a cena. A Raquel estava muito boa em cena, ela tinha um olhar forte, que chamava atenção, quem ta vendo fica vidrado, ela tinhas uns sorrisinhos durante a cena que causava um estranhamento, a cena era a filha matando o próprio pai, tinha um grande peso e eles deram esse peso em cena, aconteceu algo muito interessante, com a repetição da cena que a Raquel atira no Anderson foi ficando forte, até que em um take  a Raquel estava chorando ao atirar, e isso me faz concluir que a repetição fixa na pele, na carne, que acaba tocando o afeto e vai ficando mais intenso, a Raquel falou que com a repetição ela começou a visualizar o pai dela mesmo, e a situação foi impregnando e mexendo muito com ela, o que fez com que ela chorasse e deixou a cena mais incrível ainda. Aqui deixo minha opinião de como é importante vermos a cena dos outros, como adquirimos conhecimentos e vamos chegando a conclusões, mais uma vez ressalto como cada cena é única, e como cada uma da estímulos diferentes ao ator.

"Então repetimos: o objetivo do ator é convencer o espectador da realidade da vida do espirito humano. Os que conseguem isso, chegam a realizar verdadeiros milagres" KUSNET 

Frames da cena de Anderson e Raquel:




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