Organizando.
Propostas para experimentar uma primeira entrada no texto de Shakespeare - fragmento de cenas a partir da escolha de peças pelos alunos. A narrativa apareceu estruturada com um jogo.
Naiara de narradora - com Lazaro, Rayssa e Anacarolina - contaram a história de Macbeth com suas "infinitas mortes". A cada palavra morte, morto, morreu (algo assim), os três íam ao chão (regra do jogo) - gerando um efeito cômico com a repetição (e uma espécie de esvaziamento, brincadeira, distanciamento).
A precisão e desenho dos gestos de Anacarolina me chamou a atenção. Eram gestos que representavam o que a narradora dizia, mas para além disto, traziam algo de cênico/plástico/jogo próprio. Talvez algo me lembre a brincadeira de adivinhar filmes... (agora penso).
Naiara com seus cabelos grandes, ágil ao falar, caminhava de um lado ao outro. A estaticidade da posição dos três gerava um contraponto - configuração espacial interessante.
A cena final, da floresta caminhando em direção a Macbeth já enlouquecido foi apontada por Rafaela como um momento de impacto.
A cena de limpar as mãos de Lady Macbeth também poderia ser trabalhada, mas não entrou na nossa seleção. Macbeth e sua Lady loucos.... será que? Enfim. Talvez.
A narrativa sustenta e talvez surja como cena.
Petrúchio e uma Catarina cantante - com a irmã experimentando máscaras para o baile - surgiu de uma organização de regras que propús. Existem boas e más regras. A regra estrutura a improvisação/cena. Existem regras mais ou menos inventivas. Que regras podemos inventar? Neste caso, a obsessão por máscara, escada e microfone tinha me rondado a semana inteira.
Quando penso em Romeu e Julieta a primeira coisa que vem à mente é o baile de máscaras no começo da peça.. e a briga entre duas gangues... de famílias inimigas. Poderiam brigar, todos, sem braços? - Jogo que está no repertório da turma.
A articulação entre Bianca se arrumando para o baile de máscaras e o Baile de Romeu e Julieta. O baile vamos experimentar.
Vamos experimentar também o Balcão e a Morte, bem como a confusão feita pelo Frei João/Lourenço.
Temos 4 Julietas, 2 Biancas, 2 Catarinas - para experimentar.
E 3 Bruxas. O feitiço das Bruxas bem pode servir a toda a humanidade - presa em seus tentáculos gigantes.
Combinamos de trazer 1 letra de música para falar - seu poema. Há de vencer o amor!
Sarah ficou de trazer um trecho de Discurso (político, crítico, reflexivo) sobre o papel da mulher. Porque a Catarina tem "pegada de feminista" - a defesa de uma mulher autônoma em relação ao homem. Ironia de Shakespeare... ela depende de Petrúchio para dar-lhe o pão, a carne e o leite. Experimentaremos.
Então, para a próxima temos:
Anna Claudia e Jeferson - Professor e Bianca (escolher uma cena em que o professor lê poemas para ela) / Marcela escolhe uma cena também.
Vinicius e Sarah - Petruchio e Catarina (escolher uma cena) / Julia escolhe uma cena também.
Yuli, Anacarolina, Anna, Iasmim - cada uma escolhe uma cena da Julieta (falamos em Balcão, Morte, com Frei Lourenço) / Lázaro de Romeu.
Frei Lourenço e Frei João - Gilberto e Ismael.
As 3 bruxas: Rafaela, Naiara, Anacarolina.
Vamos ver o que vai acontecer porque o processo sempre nos surpreende!
Quanto a Sonho de Uma Noite de Verão achamos que será confuso fazer um fragmento - porque necessitaria da peça inteira para se entender a trama. Estamos optando por cenas em que o público logo possa detectar a situação/ação.
Outras observações:
Gostei muito do jogo de troca de máscaras penduradas na escada.
O narrador com microfone e máscara na escada é interessante.
A regra de jogo "fazer um movimento" ou "um registro X" quando alguém direcionar a fala para a pessoa, gerou algo interessante em cena (produção corporal interessante e ação).
Muito boa a regra de estralar os dedos toda vez que fala o nome Romeu ou Julieta.
Rejane.
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