quarta-feira, 11 de março de 2015

Descrição da aula de tópicos do dia 10/03/2015 da aluna Sarah Damiani.

Hoje assistimos um filme que tem um estilo parecido com o estilo de um documentário, porém não é um documentário, é um filme de verdade. O conflito é sobre discussões que alunos tem com professor. A câmera que se usa é o estilo da câmera na mão, focando sempre no rosto dos personagens e a atuação é extremamente realista. O quadro deste filme possui bastante sujeiras cinematográficas representadas pelas mexidas que a câmera dá e pelas sobreposições que um personagem tem sobre o outro em um mesmo quadro.
Algo de muita importância e que há o tempo todo neste filme é a divisão de foco, o tempo todo os alunos ou os professores estão dividindo o foco entre o falar, o pensar e na distração com algum objeto. Uma das personagens se distraia o tempo todo mexendo com uma caneta, o outro mexendo no cordão, o outro colocando a tampa da caneta na boca. Além dessas situações sendo usadas para um reflexão sobre a divisão de foco, as mesmas situações podem ser usadas para explicar por exemplo, o efeito de real através de momentos que realmente acontecem em uma sala de aula. Os alunos de uma sala de aula nunca estão sempre concentrados, se pegarmos e analisarmos cada aluno, perceberemos que eles estão se distraindo com alguma coisa, e a escolha dessas situações foram excelentes.
Outro ponto importante no filme é a existência de uma personagem que fazia gestos grandes mas que ainda assim não estava sendo teatral, ela era natural o tempo todo. A pergunta que fica é até que ponto nossos gestos podem ser considerados teatrais ou não. Talvez seja pela questão do olhar, acredito muito na força que o olhar fixo tem para a atuação pra cinema, a menina que fazia os gestos grandes no filme tinha o tempo todo um olhar fixo, seja para o professor, ou para a colega dela que estava a seu lado. No teatro, o olhar é menos fixo, até porque o público não precisa e nem consegue ver os seus olhos e a força que ele tem em cena, já no cinema com a câmera de frente pra você, o olhar passa a ser um elemento fundamental como jogo de cena.
O filme em si realmente é muito bom, o que discutimos em sala foi o fato dos personagens terem uma aproximação muito forte com a vida deles, porque os atores que faziam os alunos já foram alunos de verdade, então eles sabem e tem a situação e emoção encarnada em sua pele. O professor também tinha uma aproximação, pois o ator que o fez já teve uma experiência como professor de verdade em uma escola pública. Logo, tudo se ajudou, percebemos mais uma vez que a aproximação do ator com a situação do personagem é algo fundamental para qualquer tipo de interpretação.

Devemos reconsiderar o que significa “talento”. É muito possível que o que é chamado comportamento talentoso seja simplesmente uma maior capacidade individual para experienciar. -Viola Spolin-

A divisão de foco gera a espontaneidade. -Viola Spolin-


Nenhum comentário:

Postar um comentário